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  Vale a pena trocar o Windows XP pelo Vista?  
 

Estive pensando com meus botões ultimamente... E penso seriamente em formatar meu HD e instalar o Windows 2000 Professisonal, em vez de usar o XP, como tenho feito há pouco mais de um ano. Por quê? Ao longo deste texto você entenderá, e verá que ele pode lhe servir também. Não que você vá usar o Windows 2000, mas seria bom que você penssasse bem antes de adquirir o Windows Vista.

Qual o papel de um sistema operacional?

Ele deve controlar o hardware e gerenciar o software, os programas. Deve estar pronto para responder às requisições dos programas, cuidar do armazenamento dos arquivos, etc. O sistema operacional é na verdade "invisível", você não deveria sequer lembrar que ele existe. Seja o Windows, Linux, Mac, ou até mesmo o DOS, os sistemas operacionais são formados por um grande número de arquivos. Boa parte dos arquivos são acessórios e ferramentas para administrar certas ações, além de programas "comuns", que podem ou não ser incluídos com o sistema operacional. Uma relativa pequena parte cuida dos bastidores. Um exemplo, no Windows. A gravação de dados no HD, a detecção de um pen drive, o desenho das janelas na tela, a captura e interpretação dos movimentos do mouse e das teclas digitadas no teclado. São tarefas que devem ser executadas, são essenciais nos computadores como os conhecemos, como os usamos. São tarefas que os sistemas operacionais devem possuir. Partindo para uma outra categoria, temos as pequenas aplicações normalmente embutidas com os sistemas, que permitem realizar coisas básicas. Normalmente, não ficam ativas o tempo todo, com exceção da interface principal. No Windows, há o "Explorer", o programa que cuida da barra de tarefas, do menu Iniciar e das janelas de pastas. Ele permite, entre outras coisas, acessar rapidamente os programas, alternar de um programa a outro (sim, num ambiente multitarefa!) e ainda, navegar pelos arquivos das unidades de discos, copiar arquivos, mover arquivos, etc. São tarefas indispensáveis, mas que poderiam ser realizadas por um outro programa, um outro <i>shell</i>. No caso do Linux há as diversas opções de interfaces, como o KDE, Gnome, Blanes, Window Maker, etc. Agora vem uma terceira categoria. Todas são importantes, mas esta você deve usar na maior parte do tempo: os programas. Os programas que você usa. Aplicativos, jogos, configuradores. É comum os sistemas operacionais incluírem um conjunto de utilitários. No Windows, temos o Bloco de notas, a calculadora, o Internet Explorer, o Windows Media Player, etc. No Linux normalmente temos o KEdit, o KSnapshot, o K3B (gravador de CDs), o Kaffeine (mídia player), entre outros. São os programas dessa categoria que você mais usa, normalmente fica a maior parte do tempo usando um ou outro. Além disso, é essencial que as duas primeiras categorias continuem ativas: o sistema operacional trabalhando internamente (enviando comandos do teclado para o programa, gravando dados no disco, gerenciando a memória, etc), e a interface gráfica (o menu Iniciar deve estar pronto para abrir novos programas quando você solicitar, a barra de tarefas deve ser atualizada ao abrir ou fechar janelas, etc). A maior parte de processamento, no entanto, deve ser destinada ao programa que você estiver usando no momento, em se tratando de desktops ou estações de trabalho. Se você está navegando na Internet, você quer que o navegador seja rápido na resposta ao clicar num link, executar uma animação ou rolar a tela. Se estiver gravando um CD, o programa deve indicar o progresso da gravação e efetuá-la com rapidez. Ao converter músicas, também: quanto antes terminar, melhor! Sistemas modernos permitem a execução de vários programas ao mesmo tempo, mesmo que você deixe apenas um maximizado, os outros abertos continuam executando suas ações. Um bom exemplo são os downloads que você deixa baixando enquanto faz outras coisas; os tocadores de música, que você usa enquanto navega na web; o verificador ortográfico que verifica o que você acabou de digitar. Todas estas ações requerem processamento e memória, um espaço para armazenar temporariamente os dados trabalhados. Quanto mais memória livre estiver, e menos ocupado o processador com outras coisas, melhor será o desempenho do computador. Ele terminará as coisas mais rapidamente, estará mais ágil na resposta aos comandos do mouse e teclado, ou seja, aos seus comandos. Permitirá fazer mais coisas ao mesmo tempo.

O que vem acontecendo com o Windows é, cada vez mais, serem incluídos no sistema um amontoado de programinhas residentes. Utilitários talvez até úteis, mas que ocupam recursos do seu computador. Recursos estes que poderiam ser ocupados com outras coisas. No Windows XP, por exemplo, a central de segurança, que verifica se há anti-vírus, se o firewall está ativo ou não. Há o verificador de espaço em disco. O assistente de limpeza da área de trabalho. O atualizador do relógio, que verifica por padrão nos servidores da Microsoft a hora certa, para acertar o relógio do seu computador. As atualizações automáticas, que baixam automaticamente novos arquivos de sistema para o seu se manter atualizado. Tudo isso rodando ao mesmo tempo. Tudo isso concorrendo com os programas que você executa. E no Windows Vista, vem muito mais por aí. A barra lateral pode ser bonita, por exemplo, mas mantém informações constantemente atualizadas. Ao teclar ALT+TAB para alternar as janelas, efeitos gastarão processamento gráfico; processamento este que poderia ser destinado a um jogo que você estivesse rodando. O mesmo ao passar o mouse sobre os botões da barra de tarefas. Esses "enfeites" na interface acabam por aumentar o "peso" dos programas da segunda categoria: os essenciais, que ficam ativos o tempo todo. Interligados com a interface do sistema.

Até que ponto isso irá? Cada vez mais, os recursos do seu computador com o Windows são destinados a programas internos, muitas vezes dispensáveis. Se você está baixando um arquivo, quer que o programa que faz o download use ao máximo a sua conexão. Mas ela vai ser dividida, em parte, com o verificador das atualizações automáticas. Com o atualizador do relógio. Se você converte uma música de wav para mp3 e alterna para uma janela de pasta, parte do processamento será destinado a brilhar coisas na tela, iluminar botões ao passar o mouse, e conseqüentemente, nem que seja por uma fração de segundo, o programa que você estava executando deverá esperar um pouquinho, ou pelo menos, terá menos direitos de uso do processador. Até onde isso vai? Tudo bem, estes exemplos podem ser insignificantes para computadores atuais. Não estou dizendo para você não usar o Windows Vista. Mas usar o XP, ou o próprio 2000, lhe deixaria mais recursos livres da SUA máquina, para VOCÊ mesmo usar, com os SEUS programas preferidos. Pense bem na questão do HD, um exagero! O Vista ocupa cerca de 16 GB. Isso é um décimo da capacidade de um HD de 160 GB, HD esse que ainda nem é tão comum na maioria das configurações aqui no Brasil, onde temos a média hoje de 80 GB. Não seria melhor ficar com o Windows XP, rodar os programas com mais tempo de processamento e memória livres? Você teria oportunidade de abrir muito mais janelas, de rodar muito mais coisas ao mesmo tempo. Correria menos risco de o computador "travar", de ter de esperar algo terminar, ou seja, veria menos o cursor da ampulheta. Tempo é vida!

As frescurinhas acrescentadas ao Windows podem trazer benefícios. Mas também podem prejudicar o desempenho. Mesmo que o computador não fique lento: ele estará com menos recursos livres. Assim como você evita instalar programinhas bobos que ficam em execução o tempo todo, evite investir em um sistema que irá consumir mais recursos do seu computador, que já vem cheio de "programinhas bobos". Há diferenças técnicas entre as versões do Windows sim, mas em linhas gerais: instalar o XP para desativar um monte de coisa, seria melhor ficar com o Windows 2000. E instalar o Vista para desativar um montão de coisas a mais, seria melhor ficar com o XP.

No meu caso, meu computador é velho, por isso pretendo voltar ao Windows 2000. Tudo o que eu quero fazer eu posso fazer no Windows XP ou 2000, na minha área tanto faz um como o outro. Os programas que uso rodam nos dois. A estabilidade do Windows XP é praticamente a mesma do 2000, visto que o XP é baseado no 2000 e herdou do mesmo um monte de coisas (coisas boas). No entanto, com o 2000, tenho mais recursos de processamento e memória livres. Posso abrir mais programas ao mesmo tempo. A resposta do sistema é mais ágil. Apesar das particularidades e diferenças entre o Windows 2000 e o XP, incluindo a qualidade comprovada do XP, estando com o 2000 eu aproveito melhor os recursos da minha máquina. Pense nisso antes de migrar para o Vista. Por enquanto, e provavelmente por um bom tempo, tudo o que você precisa, roda no XP. O XP ocupa bem menos espaço do que o Vista. Requer bem menos memória. Ele deixará mais recursos do seu computador livres para os programas que você executa, e não para os enfeites e quinquilharias inclusos com o novo sistema. O Windows Vista está aí. Se usar, use com cuidado. Não abuse. Depois não reclame :)

 
     
 

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